A banda se juntou devido à confluência dos astros e à vontade dos homens. Descrentes no destino, mas suscetíveis aos desígnios divinos, os componentes aceitaram o fato e o fardo de sua união.

O guitarrista, adepto do Pastafarianismo, acredita que a música é uma forma de ensinar às futuras gerações a grandeza de sua fé. Seu deus MEV retornará em breve e punirá os pagãos, outra vez. Porém os piratas serão salvos, menos Yngwie Malmsteen, que apesar de usar suas vestimentas, não segue os princípios da Corte da Irmandade. Rezamos todos pela salvação de sua alma. Amém. As composições e arranjos de sua autoria possuem diversas influências musicais como Steve Vai, Chimbinha e José Antônio, o velhinho do realejo do Bairro das laranjeiras.

Nascido numa das datas possíveis do nascimento de Asimov, o tecladista acredita que, como o destino previsto pela psico-história para o Império Galáctico, a raça-humana está destinada matematicamente a queda. Tal como a aproximação de uma assíntota, estamos nos acercando ao fim temido. Exceto se a invasão reptiliana, que tantas vezes influenciou civilizações passadas, interviesse mais uma vez em nosso destino incerto. Quanto à banda, para ele é só um passatempo.

A vocalista, entre tantos acasos, começou a cantar, achando assim o caminho para novos fins. Não sendo capaz ainda de “atar as duas pontas da vida”, conta histórias pela música e segue vivendo. O Sr. Escobar dizia que ela herdara de sua mãe – alegre e cabeça de vento – o gosto pelo belo. Já seu Pai, achava besteira cantar. A senhora Santiago tinha uma beleza que tomava qualquer lugar, forte demais para homens fracos. O cheiro de suas dúvidas se dissipava com a alegria, sempre fora assim. Dizia que a música é a certeza, e a tenacidade das cordas vocais, o alento da alma. Que Deus a tenha em bom lugar.

Por trás das baquetas estava o homem de múltiplas nacionalidades. O mesmo perdeu-se nas águas da Polinésia, quando buscava temperos exóticos para a sua “maior e mais brilhante” empreitada gastronômica, conforme ele dizia. Capitaneado pela conhecida excursionista, Dana Lost, conhecida por perder-se sempre, diga-se de passagem, iniciou sua saga na busca da páprica perfeita. Seu possível paradeiro foi conhecido devido a uma mensagem encontrada em uma garrafa de 51, boiando na costa brasileira. Nela foi pedido que não o buscassem, pois, o lugar em que estava era “intocado e não deveria ser visitado pelos homens e suas mentes perversas”. Porém, o curioso é que o registro foi feito em papiro, que após estudos de carbono 14, teve a amostra datada por volta de 1800. Esse ainda é um mistério que não possui solução.

O baixista, e último integrante da banda, foi um dos primeiros a fazer parte dos esforços do grupo. De origem incerta como seu ancestral mais notório, acredita que seu instrumento gera vibrações metafísicas capazes de atingir os seres viventes em seus sentimentos mais perenes. Declarado como descendente de uma das tantas existências de Merlin, não foi possível precisar seu nascimento, porém sabe-se que sua motivação principal é encontrar o elixir da vida. Contudo, enquanto tal tarefa não é cumprida, continua realizando experimentos vibracionais por meio do Rock Progressivo.